domingo, 12 de novembro de 2023

Pergaminho amarelo...

Indonésia, 1991    


-Então, vamos agora a um bar?

-Tomar um digestivo em boa companhia?

-Que dizes Jack?

-Não!!

-Não?

-Digo não.

-Estás parvo? O Jack está parvo.

-A noite é fria e cheia de terrores. Com sombras escondidas entre tentações disfarçadas de sereias, o que é mau. Com o líquido dos deus emanando dos poros dos incautos. O terror terreno bailando descaradamente com vil contacto ocular! A noite… uma teia e nós moscas tropeçando na atmosfera das nossas atitudes. Não tardará muito até seremos devorados. -Os três amigos entreolharam-se e, ao mesmo tempo esticaram o pé direito, dando início à caminhada. Jack segui-se-lhes. 

    Os sapatos clicavam o pavimento em direcção a um pequeno e acolhedor edifício de madeira que fervilhava e transbordava corpos alegres por portas e janelas.

-Olha! Viste? Viste aquilo Jack?

-Era uma pessoa?

-Era! Não é incrível? Um edifício cheio de pessoas e álcool. Quem diria. Achas que nos servem uma bebidas?

-Acho que nos vão servir meias bebidas, a preço de bebidas inteiras. É o custo da hospitalidade.

-Ui... e que hospitalidade. 



(continua)

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