quinta-feira, 20 de junho de 2013

Li algures, em fonte insegura, que os americanos andam doidos por informação. E vasculham tudo. Obama abriu o precedente, como Thatcher, como Reagan, outrora, anda tudo doido, outrora nos tempos idos do Zé Fixe. Digam que eu avisei, que fui político no passado, do futuro serei olhado e Deus não perdoa pretos atrevidos, vão para os calabouços do céu, para o breu da História. Se eu fosse rico compraria um cão, se eu fosse livre comia a minha irmã. Mas acolheu-me, dentro de mim, um gosto por deusas de gosto duvidoso. O Obama é mau, somos todos. Era o propósito desta merda. 

sábado, 18 de maio de 2013


Minha pita de estimação toca cítara
Num beijo se perdeu em vasos mornos
Fechei-a porque não encontro falanges iguais

Trato-a muito bem
Alimento-lhe o ego e a alma com queijinho
Minha pita de estimação
Toca cítara agrilhoada

Numa cave húmida onde escrevo poesia
Em liteira de oiro se some
Para o maior profundo

Minha pita de estimação
Acorda
Acorda
Acorda

quinta-feira, 9 de maio de 2013



Paulo rasgou a sua roupa completamente.
Hum.
Completamente. Susana conheceu um homem rico.
Um homem vermelho com gemidos neuróticos.
O seu pai foi castrado. Que culpa ele tem? Ele ri.
Paulo rasgou sua roupa completamente e cuspiu no seu mamilo.
Hum. Huff. Não metas hamsters no buraco negro que eles morrem de tédio.
Lili tem o seu cabelo atado e o velho olha para ela.
Beijou-a incondicionalmente espreitando pela janela.
Um Cadillac. É isso que queres? Vermelho como um homem rico.
Ele ri e enriquece.
Ele ri e enriquece e fica fogo e fica dentro e vai para o céu.
Porque gritas minha querida? Porque eu estou frenético dentro de ti?

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Gira coisa concreta, carregada de filosofia. Morte santa com tristeza, fuma manta rota da beleza. Mais ferrugem do que sarro. E as mamas do Picasso voltam secas para a terra. Voltam mansas para o prado. Nobre pudim, nobre pudim. Fresca verdura me acena, lá ao longe, diz-me tu? Que vês, lá ao longe, que vês? O passado mastigado pela percepção carnívora? Ou porcos a jogar à apanhada, felizes pela segunda infância? Meninas de vestes rasgadas com mamilos rosáceo ao sol dourado, pés abraçando a terra quente. Que hás-de tu ver, preguiça.