quarta-feira, 16 de julho de 2008

Margarida Rebelo Pinto...


(sintam-se livres de ler na parede por detrás da senhora uma bela metáfora a toda a sua obra)

Eis o que acontece quando as tias se viram para a escrita...mesmo quando as mesmas são licenciadas em línguas e literaturas modernas.
Ao que parece esta senhora lançou mais um livro,Português Suave de seu nome,livro este que já escalou tops e tal...nada de novo já que como se sabe ela é a diva da literatura light em Portugal.Carrega no rosto o toque etéreo da sabedoria insipia que transforma,como ninguém,em livro para português(e não só)ler.
Bem...li na Actual desta semana uma crítica ao livro da senhora em questão,isto porque,mesmo não estando até então ciente,por completo,da mediocridade épica da escrita de MRP,literatura light nunca me despertou a atenção,por conseguinte nunca li nem lerei nada que se pareça.Prefiro perder tempo a contar as pedras da calçada,que é bastante provável que tenham algo mais substancial a ensinar-me.
Tendo por base a crítica da Actual fiquei a saber que afinal a MRP não sabe escrever(pasmem-se,mas era algo que eu desconhecia,mas era algo que nem sequer me importava até então).
Dando exemplos:
-MRP faz a seguinte analogia/metáfora algures no seu livro:"Cheguei a um beco sem saída e quando me senti no fundo,olhei para cima e disse para mim mesma:agora vais ter que subir a puta da montanha."
-A certo ponto do livro,Leonor(personagem)revela o que de facto acha importante num homem:"Vestia-se bem,cheirava a Davidoff,não usava meias brancas(importante ponto de carácter isto das meias,friso)nem tinha mau hálito."What else?Quem tem um homem assim,tem tudo.
-Isto já para não falar nas personagens que mudam de nome pelo meio da narração,expressões repetidas até à exaustão...etc(infindável).
Ora que a mediocridade misturada com uns pozinhos de futilidade e pseudo-sofisticação vende bem,toda a gente sabe(eu pelo menos sei).Não é isto que me assusta nem que me indigna.O que me indigna é que a senhora Margarida Rebelo Pinto se formou há,mais coisa menos coisa,um bom par de décadas e segundo sei,na altura o nível de exigência da educação era bem mais elevado do que o que,placidamente,agora,se faz impor.E no entanto não se livrou(o sistema educativo,claro)de deitar uns quantos fetos mal alinhavados,isto para não os chamar de abortos o que ia parecer mal,cá para esta sociedade.Por isso temo pelo futuro deste país que se auspicia cada vez menos brilhante,com mentes a condizer.