sábado, 13 de março de 2010

Os homens são uns cabrões e as mulheres umas cobras...


Senso comum.

Ser homem mete-me nojo, tenho vergonha. Uma alma amaricada é uma alma apaziguada. Pois que não tive tal sorte.
Pode-se culpar um género pela inércia que lhe trás subjugação a um animal sexual particularmente ignóbil? Pois que muitos dizem que a mulher muitas vezes tem culpa porque permite que o macho manifeste toda a estupidez e brutalidade ao longo de vários anos de casamento. Voltemos aqui aos tempos clássicos em que tudo e todos se casavam. Agora não casam mas a dependência psicológica existe de igual forma. Também eu pensei assim, em tempos mais medievais da minha existência, que a fêmea teria alguma culpa no cartório. Pois que tem culpa a mulher da moral subliminar incutida pelas religiões e com bastante enfoque na católica, ao longo destes milénios? Senão vejamos, o teocentrismo foi a forma e fórmula que o homem (com minúscula) encontrou para conseguir vencer o eterno medo que tem da mulher. Nós temos medo das mulheres e muito. Que ser mais divino que elas? Que religião, que milagre, que exaltação da moral teológica iguala a sensação do toque na pele de uma mulher? Querem experiência mais divinal que isso? E antes era assim não era? O homem secretamente idolatra a mulher, somos idolatras e idiotas por excelência. Antes quando a humanidade era ingénua, havia o culto da deusa, a figura feminina como centro do universo alegórico. Ao atingir a maturidade o homem percebeu que isso poderia mudar e aí apareceu Jesus a espalhar amor, poderia ser o Jonh Lennon mas foi Jesus e vai daí que... o homem arranjou um pretexto para divinizar o homem e remeter a mulher a um papel secundário. Como? Primeiro demonizando a mulher servindo-se dela para exemplos morais de pecado, essa tal de Eva e Maria Madalena e o culto da virgem (Maria) como única forma corpórea possível para a coexistência da pureza num corpo feminino... quase que me esquecia da inquisição e da sua bela caça às bruxas. Depois criou o matrimonio como forma de extensão do poder do homem para casa do cidadão comum. E os homens e mulheres ignorantes alinharam. É isto a vossa igreja para mim.
E deixem-me que me ria na cara de feministas casadas, porque são idiotas e estúpidas. E porque se exaltam mais aquando da menopausa.

Ah... esqueci-me da segunda parte, o porquê das mulheres serem umas cobras... porque da forma que elas foram relegadas para o papel de cidadãs de segunda desenvolveram subterfúgios e armas subtis, ardis, subtilezas e sensibilidades às quais nós só podemos responder com força bruta e estupidez. Daí nós termos a certeza que são umas cobras. E também porque não entendemos ponta de corno daquele universo.
E não me quero dissociar desta imagem que pintei para o meu sexo, porque sou aborto da mesma mãe.

Pessoa não apreciou ter nascido de uma vagina, mas eu nunca li Pessoa.

5 comentários:

Brown Eyes disse...

Vergonha de seres homem? Uma alma amaricada é uma alma apaziguada? Penso que não. Uma alma masculina amaricada não vive feliz no corpo que tem, de certeza e, quer queiramos quer não, os homossexuais nunca serão vistos com normalidade. Há um padrão e por mais que o queiram alterar nunca se alterará. A normalidade existe mesmo e não é por acaso que uns tem um sexo e outros outro que se ligam na perfeição. Quanto ao casamento e dependência psicológica penso que:
O casamento é uma invenção do capitalismo para amealhar, não contribui para a felicidade de ninguém, pelo contrário e por isto não entendo a necessidade dele, muito menos entre homossexuais. A dependência psicológica é sempre prejudicial mas existe quando se ama alguém pelo menos no que toca à preocupação com o bem-estar. A outra, ligada ao ciume é uma perca de tempo porque quem tem que partir parte, haja ou não dependência. Medo das mulheres? Tens razão há mulheres fatais, autenticas cobras que mordem as vítimas mal estas se descuidam. Mas mordem as vitimas masculinas, femininas, amigas, amigos e familiares. Autenticas cobras que acabam por morrer com o próprio veneno. As mulheres, algumas há excepções, as invejosas quando se sentem incapazes de possuir um homem, um trabalho, uma casa, um filho ou mesmo um amante são capazes de roubar ou mesmo de matar. Essas são aquelas que acabam sempre na prateleira, sempre trocadas por outra, sozinhas apesar do que roubam. O feminismo tem mesmo muito que se diga, muito mesmo para ser analisado. Como dizes, concordo, dá vontade de rir as feministas casadas. A mulher, falamos do geral, não se emancipou tanto que não que continua a precisar de um homem para se afirmar para a defender e a sociedade continua a ver uma mulher só mal. Uma mulher que não tenha um homem ao lado tem que se impor muito mais porque é sempre vista como um alvo a abater. Elas sabem disso por isso casam e não querem enfrentar a sociedade.
Quando elas são umas cobras? Quando não têm valor, são incultas, quando tudo o que têm devem a alguém, quando viveram uma vida de mentira, quando nunca aprenderam a viver só, quando sabem que são uma nulidade. Elas sabem que nada valem por isso espetam aqueles dentinhos venenosos. Mas olha essas mulheres não são mulheres são mesmo bruxas, precisam de feitiços, se reparares passam a vida em bentas, bentos, mães de santos, etc, para enfeitiçarem a vida dos outros. Conclusão da história:
O feitiço vira-se sempre contra o feiticeiro é só dar tempo ao tempo

Cu de Barbas disse...

sim tenho vergonha, e é tao bom :)

acertas-t em alguns pontos ms..

nao vou discutir recalcamentos, o meu texto é bem mais lato q isso.

Brown Eyes disse...

ahahahah Apenas peguei nas tuas palavras e manipulei-as de forma a enviarem uma mensagem. As palavras são poderosas e têm muitas vezes vida própria depois de as escrevermos.A tua forma de escrever pode levar a várias interpretações, pode-se inclusive analisar o teu eu através delas. O teu texto é muito lacto, tens toda a razão mas, encerra apenas uma mensagem, a tua ou a que tira quem te lê. Como tu mesmo já disseste, por vezes, não nos conhecemos, motivo pelo qual enviamos mensagens que pensamos nada terem que ver connosco. O mesmo aconteceu com a mensagem que te enviei. Nada tem a ver comigo, felizmente. Adoro ser mulher, pecadora, como referes mas Mulher, que vive sem traições e que acredita demais nela para se entregar a deuses, bruxedos ou demónios ou para pôr em causa a sua feminilidade. Viver bem com o seu próprio corpo, o seu próprio eu é o caminho da auto-estima e, eu, nesse campo tenho o que preciso. Nunca me considerei uma cidadã de segunda, pelo contrário, por isso não desenvolvi armas nem subterfúgios, nem teci ardis. Fui vitima deles? Fui. Fui precisamente por não ser de segunda. Como sabes só se quer derrubar quem nos faz sombra mas, nunca houve ninguém suficientemente alto que me fizesse sombra, por mais ardiloso que fosse. O ensinamento não nasce connosco, infelizmente, mas aprende-se e aprende-se a deixar de ser ignorante ou melhor crédulo e eu aprendi. Mas há mulheres e homens que vivem uma vida sem nada aprenderem. Tenho uma certa admiração por gente crédula e pura mas sinto completa indiferença por igorantes que se convencem que são os donos da verdade. Enfim, homens e mulheres dois mundos que se tocam mas que não se comparam. Elas têm o poder da vida dentro delas, coisa que eles jamais saberão o que é. Diferenças que desmistificam a brutalidade de uns e a sensibilidade de outros. Ser bruto é, muitas vezes, uma defesa de um ser muito frágil que se quer esconder. Ser sensível é aceitar a verdade, sem a camuflar.
Espero que esta resposta te satisfaça senão...To BE continue

Patife disse...

Intenso, cru e real. O Patife adorou.

Cu de Barbas disse...

Essa resposta esta conspurcada com ego,Brown, tenta outra vez,ms agradeço

obrigado patife