segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

o fio que puxa...


O fio que puxa.
É transparente.
Pelo umbigo de toda a gente.
É obliquo.
O fio que puxa.

A tesoura na mão.
De toda a gente.
Se bem que o fio que puxa,
é transparente.
E mesmo assim...

Pelo fio que puxa
Não me deixo levar
E o fio que puxa,
Parou de puxar.

Com a tesoura na mão
E o fio inerte
Com os olhos fechados
O fio não sente.


9 comentários:

chica disse...

Lindo e interessante teu poema.Um beijo,tudo de bom,chica

meldevespas disse...

E não deixa de puxar...
Perfeito.
Não fiques tanto tempo sem postar rapaz, ok?
Beijinho

Cu de Barbas disse...

-mt obrigado chica :) beijo

-nao consigo mel, sou preguiçoso :(

beijinhos

Brown Eyes disse...

Hum.... poesia! Gostei da tua visão da vida, começa no umbigo, como um fio, que nos vai puxando a vida à medida que vai envelhecendo, fio com o qual temos que ir lutando até que eles nos vence. O teu poder de síntese é extraordinário e a utilização de metáforas então... Beijinhos e não deixes que a preguiça te vença pois quem perde são os teus seguidores.

Cu de Barbas disse...

fica anotado, beijo

Ginger disse...

Esse fio que nos puxa até às entranhas da terra e nos dá de alimento aos vermes da morte.
O fio que nos conduz ao fim inevitável...

Muito bom. :D

bjs*

Oxx

Cu de Barbas disse...

tem td a ver n tem? :)

tao linda :D

Ginger disse...

:$

Olga Mendes disse...

O fio que nos segura à vida? Foi isso que eu entendi. Gostei muito, porque também nos vejo assim presos à vida por um fiooooo. Por isso há que viver infãncia, juventude, em adultos e na velhice. Parabéns.