sexta-feira, 22 de junho de 2012

A ciência em sua busca racional pela certeza, acabou de encontro à parede concluindo; evidência nenhuma é certeza de evidência, que se pode, porém, ter um vislumbre de certeza através da intuição. Já que evidências podem ser criadas de maneira artificial e induzidas ideologicamente. Dizia Gödel que não éramos sistemas computacionais e que a prova disso mesmo era a elevação que nos fazia ultrapassar problemas; intuição. Acontece o principio da incerteza que liga fé e ciência, mostrando duas práticas conjecturais. E se a ciência é uma conjectura a fé é legitima por inércia. A entropia e a inércia são uma coisa só.

O impacto na realidade que a incerteza traduz é uma má leitura da própria, é saber que quantos mais elementos mensuráveis, mais aumentam as probabilidades e incertezas exponencialmente e que essas incertezas brotam do lago infinito do conhecimento.

Nascemos para ser inconformados com a ignorância inerente. Como que se a ignorância fosse o espaço em falso que nos impele. Um motor. Sendo que a inércia é o estado de locomoção de um objecto aquando deparado com a ignorância ou o vazio.


Um comentário:

Brown Eyes disse...

O problema surge quando nos conformamos, quando passamos a ser seres saciados, acaba a procura, chega a satisfação que acaba por nos aprisionar a um conhecimento limitado que vai desaparecendo com o tempo já que tudo evolui e nós estagnamos. Beijinhos