-É verdade, olhe, eu confesso. Batia-lhe. Na cara. Isto apesar dela gritar para não o fazer expecificamente na cara. Mas eu estava bêbedo, sabe? Não estava a ver bem. Depois reparei que ela estava inanimada e sou-lhe sincero, o casamento não corria pelo melhor, ela andava a dormir na cama do nosso filho e como um homem não é de ferro, olhe, violei-a, pronto. Quando ela acordou e reparou no que lhe tinha feito, arrependi-me, ai arrependi-me logo. Tentei disfarçar e gritei-lhe ao ouvido enquanto a segurava pelos cabelos: Eu amo-te, eu AMO-TE. Mas ela chorava e olhava para mim com olhos pesados, desiludidos e roxos. Deixou-me, expulsou-me de casa. Não foi fácil para mim, sabe que quando estamos em baixo, fracos, é ai que o Demónio nos tenta. Pensei matar tudo e todos. Ela, o meu filho, a gata, enfim. Foi quando algo mudou na minha vida. Comprei o livro Viva Melhor que tinha visto no programa do Goucha. Ela voltou para mim e até emagreci. Permita-me que recorde o dia em que ela me aceitou de volta a casa. Eu cheguei, não é, cheio de dúvidas e disse: Amor estou aqui e sou um homem novo. Vi logo aquele brilhosinho nos olhos da gaja e pensei, bem já estou safo. Baixei as calças, já que estava confiante aproveitei, e ela chupou. Sabe que para a gaja chupar de livre vontade tem que estar feliz.
-E diga-me, de que forma o livro alterou a sua vida? Há alguma passagem que queira destacar?
-Nem por isso, nunca o cheguei a ler, em abono da verdade.
-Então mas não disse que por influência da leitura do livro até emagreceu?
-Ah não, isso foi por causa do cancro no pulmão.
segunda-feira, 14 de março de 2011
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3 comentários:
Há bastantes "exemplares" destes, infelizmente...
E muitas mulheres que se submetem a aturá-los, o que ainda é pior.
De facto, é uma questão cultural que felizmente, porem lentamente, se está a alterar.
Como dizes está a alterar-se porque a mulher tem conseguido ao longo dos anos tomar consciência do seu valor embora eu pense que em certos aspectos tem agido erradamente e a sua emancipação não só a prejudica a ela como à família. Estou a excluir desta análise os maus tratos claro. A emancipação da mulher desresponsabilizou o Homem dos seus deveres e quem sofreu foi a família, os filhos, já que ela teve que tomar a seu cargo tudo, incluindo o sustento e acabou por deixar para trás algo importante: a sua presença no lar. Impossível fazer tudo bem feito. Claro está que isto foi incentivado pelos governos, desde o momento que se incentivou o consumo havia que trazer mais dinheiro para o lar e esqueceram-se da importância dela na educação. Enfim...este teu post dava pano para mangas, dava para abordar vários assuntos.
Beijinhos
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