sábado, 18 de maio de 2013


Minha pita de estimação toca cítara
Num beijo se perdeu em vasos mornos
Fechei-a porque não encontro falanges iguais

Trato-a muito bem
Alimento-lhe o ego e a alma com queijinho
Minha pita de estimação
Toca cítara agrilhoada

Numa cave húmida onde escrevo poesia
Em liteira de oiro se some
Para o maior profundo

Minha pita de estimação
Acorda
Acorda
Acorda

quinta-feira, 9 de maio de 2013



Paulo rasgou a sua roupa completamente.
Hum.
Completamente. Susana conheceu um homem rico.
Um homem vermelho com gemidos neuróticos.
O seu pai foi castrado. Que culpa ele tem? Ele ri.
Paulo rasgou sua roupa completamente e cuspiu no seu mamilo.
Hum. Huff. Não metas hamsters no buraco negro que eles morrem de tédio.
Lili tem o seu cabelo atado e o velho olha para ela.
Beijou-a incondicionalmente espreitando pela janela.
Um Cadillac. É isso que queres? Vermelho como um homem rico.
Ele ri e enriquece.
Ele ri e enriquece e fica fogo e fica dentro e vai para o céu.
Porque gritas minha querida? Porque eu estou frenético dentro de ti?