domingo, 19 de julho de 2009

uma coisa qualquer tem mais beleza...

Sinto-me tentado a descer à tua humidade promíscua e por la permanecer um tempo sem fim. Com os olhos toldados, com as vistas curtas e o pensamento longe da língua. Um tempo sem fim que se percepciona rápido. Para mim pelo menos. Ou para ti, ou não sabemos, daí a ser infinito enquanto dura. Sei que quando estou por entre as tuas pernas, não estou. Já nem sequer posso dizer que estou farto de conter a respiração. Não estou, já não me dou ao trabalho. E tu tornas-te rídicula aos meus olhos e eu torno-me rídiculo aos meus. Sim porque há capacidades de entendimento diferentes. Se eu quiser sou sempre fantástico, mesmo quando me sinto um miserável. Maravilhas da retórica. Já tu... não te acho com capacidade para o seres, miserável digo. Considero a miséria interior um dom subversivo. Aliás, encaro-a quase como uma meta. Uma espécie de estado Zen ao contrário. Provavelmente mais construtivo. Provavelmente mais rico. É a especie humana, miserável,digo.
Porem pouco conscienciosa do dom que tem entre mãos. A exaltação da miserabilidade. O orgulho que devia trazer ao Homem. A miséria como bandeira.

O autêntico.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Era uma vez um tipo...

-Pode ser que lhe acerte primeiro no braço. Ou numa perna. Não será fatal. Acertei na cabeça. Vamos lá ver o cérebro do tipo. O homem ainda estrebucha. APONTA!
-Sim senhor,é pra já senhor.
-A bala entrou pela nuca, destruindo o tecido cerebral num ângulo de 30º, paralelo ao solo, saindo pela órbita esquerda. Perda total do globo ocular direito. Apresenta sinais vitais.
-COMANDANTE. Senhor!
-DIZ CADETE!!
-Os seus sapatos senhor! Estão em cima da poça de urina.
-Foda-se! APONTA!!! O parasita urinou dois minutos após o disparo.

FIM